Ainda hoje existem leigos a respeito da Terra Circular Plana que acreditam que este assunto não tem cunho científico e é espalhado pelo mundo por idiotas,
religiosos e analfabetos funcionais. Mas por aqui no Verdade Urgente, tanto os "inteligentes" movidos a pseudociência quanto os ateus mais crentes nos fundamentos teóricos da bola giratória; vão ver ciência teórica na prática provando que a Terra Circular é Plana! A Copa de 1938 foi a terceira da história e a primeira a ser transmitida pelo rádio. A Copa de 38 foi realizada na França entre 4 e 9 de junho daquele ano. Foi através do rádio que milhões de brasileiros e também de sul americanos puderam ouvir os gols de Leônidas da Silva na esplêndida vitória do Brasil sobre a Polônia por 6x5. O jogo disputado em Marselha foi o mais emocionante da Copa e terminou empatado em 4x4. Como era uma semifinal o jogo foi para a prorrogação e o Brasil venceu por 6x5, com 3 golaços de Leônidas da Silva. Apesar do Brasil realizar uma excelente Copa do Mundo e chegar as quartas de finais, a Itália manteve o título e foi bicampeã, derrotando a Hungria por 4x2 na final.
O jogo entre Brasil e Polônia aconteceu no dia 5 de junho e foi à primeira transmissão esportiva em cadeia nacional diretamente da Europa. O locutor paulista Leonardo Gagliano Neto, titular do Departamento de Esportes da PRA-3, Rádio Clube do Brasil do Rio de Janeiro, foi o autor da façanha. Serviços de alto-falantes foram instalados nas praças e coretos de centenas de municípios brasileiros, para que a população pudesse acompanhar as partidas através da narração de Gagliano Neto. A narração para todo o país se deu através da união de duas emissoras de São Paulo e duas do Rio de Janeiro.
A Copa de 1938 foi transmitida via ondas de rádio numa Terra Circular Plana. Imagem: FutRio.net |
Naquela época porém, alguns problemas atrapalhavam as transmissões, e muitas "adaptações" foram necessárias. Um grupo de cinco rádios se uniu para tornar a transmissão da Copa de 1938, possível. O time de emissoras incluía as rádios Clube do Brasil e Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, Cosmos e Cruzeiro do Sul de São Paulo, além da Rádio Clube de Santos, em colaboração com os jornais O Globo e o Jornal dos Sports. O patrocínio exclusivo foi do Cassino da Urca e o sucesso foi imediato. Em 1938, as transmissões radiofônicas eram feitas diretamente através de emissoras de Ondas Curtas por meio do sistema de antenas dirigidas. Ao contrário do que se divulgou, aquelas transmissões chegaram muito bem no Brasil vindas da França pelo mar.
Notícias dão conta de que em 1938 o Brasil parou para ouvir as irradiações de Gagliano Neto. O povo, incrédulo e fascinado com os sons vindos do outro lado do oceano, vibrava. Quem não tinha rádio capelinha em casa, se aglomerava no Largo do Paissandu em São Paulo ou diante da Galeria Cruzeiro, no Rio de Janeiro. No Brasil inteiro as pessoas se reuniam para não perder as transmissões ampliadas pelos alto falantes que as emissoras espalharam em lugares estratégicos, inclusive nos estádios de futebol.
A transmissão chegou como não podia deixar de ser, com chiados e com interferências, mas foi possível entender perfeitamente cada lance dos jogos do Brasil na França. As antenas na França enviaram sinais que percorreram o oceano atlântico de um ponto ao outro, na velocidade da luz. Marselha onde o Brasil ficou sediado está situada no litoral francês próxima ao mar mediterrâneo e a leste do oceano Atlântico Norte. Para chegar ao Brasil, os sinais de rádio teriam que atravessar o oceano Atlântico, do norte para o sul e em linha reta até chegar ao Rio de Janeiro. Do Rio o sinal se espalhou para São Paulo e demais regiões do Brasil por meio das antenas dirigidas.
Em 1938 ainda não havia satélites. O primeiro suposto satélite foi lançado somente em 1962 e ficou apenas 7 meses “sobrevoando” a Terra. O Telstar 1 foi lançado em 10 de julho de 1962, diretamente da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral. O Telstar 1 transmitiu o primeiro programa de televisão ao vivo entre Europa e os Estados Unidos. Este satélite possuía uma suposta órbita elíptica, com o ponto mais afastado a 5.653 km, e o mais perto a 954 km, numa velocidade 25 mil km/h. Seu transmissor com a potência ínfima de 2¼ watts possuía sinais tão fracos que as estações de TV tiveram de usar antenas parabólicas com 30 metros de diâmetro para capta-los. Para chegar às telas da TV, os sinais tiveram que ser amplificados 10 bilhões de vezes pelos potentes amplificadores. Mesmo assim a imagens eram ruins, cheias de interferências e, portanto, tinham duração de poucos minutos.
Uma onda eletromagnética consiste na propagação de um campo elétrico e de um campo magnético perpendiculares entre si. As ondas eletromagnéticas têm propriedades ideais para serem utilizadas como portadoras de informação: são rápidas, transmitem-se no vazio e têm grande alcance. As ondas eletromagnéticas são ondas transversais, pois, a direção de propagação é perpendicular à direção de vibração das partículas do meio. As ondas de rádio são as que possuem as frequências mais baixas do espetro: Entretanto, têm os maiores comprimentos de onda e por isso, se propagam para todos os lados. As ondas eletromagnéticas difratam-se nos obstáculos do solo, sofrem reflexão e contornam obstáculos pela difração.
As ondas de rádio sempre se propagam-se em linha reta, em linha vertical ou transversal. A velocidade de propagação das ondas no vácuo é de 3.108 m/s. Em qualquer outro meio, o sinal sofre enfraquecimento devido às ações de reflexão, refração, difração e absorção. Quando uma onda de rádio encontra um obstáculo, uma parte da sua energia é absorvida e transformada em energia, outra parte continua a se propagar de modo atenuado e uma terceira parte pode eventualmente, ser refletida.
Sempre os mesmos esquemas com fotos em terra das gambiarras; foguetes decolando e o resto, montagens. Imagem: Extreme Tech |
Chama-se atenuação de sinal a redução de potência durante uma transmissão. Esta diminuição é medida em bel. Geralmente se utiliza o termo decibel cujo símbolo é dB. Em uma transmissão o símbolo dB corresponde a um décimo do bel. (ver propagação 802 nas fontes abaixo)
A atenuação do sinal cresce com o aumento da frequência ou da distância. Além disso, durante a colisão com um obstáculo, o valor da atenuação depende muito do material que compõe o obstáculo. De modo geral, os metálicos provocam uma forte reflexão, enquanto que a água absorve o sinal. Quando uma onda de rádio encontra um obstáculo, a totalidade ou parte da onda é refletida e há uma perda de potência. A reflexão é tal que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
Uma onda eletromagnética junto ao solo provoca indução de corrente já que o solo é condutor. Esta corrente causa uma absorção do sinal que se atenua à medida que se propaga. Em um solo condutor ou sobre a água, a atenuação é menor do que nos solos rochosos, arenosos ou pedregosos de baixa condutividade (secos). Quanto mais alta for à frequência do sinal, maior será a atenuação que ocorre neste tipo de propagação.
Em 1938 a tecnologia de transmissão de rádio se limitava a antenas gigantescas, geralmente instaladas em locais planos ou sobre montanhas altas. Desta forma as ondas eletromagnéticas poderiam alcançar longas distâncias. O sistema de transmissão era feito de antena para antena. A distância do litoral francês para o Brasil é de aproximadamente 8.883 km. Nesta distância, o Rio de Janeiro estaria quase 7 km abaixo na curvatura da Terra globo. Como uma onda eletromagnética é sempre reta, plana e perpendicular à superfície, fica a pergunta: Como o sinal da França chegou ao Brasil vindo de tão longe em uma Terra globo?
As transmissões via ondas de rádio era uma novidade bombástica para aquele tempo. Imagem: Wired |
Segundo a história, as “Ondas Curtas” foram usadas para a transmissão de sinais entre França e Brasil. Onda curta ou onda decamétrica são ondas de alta frequência (High Frequency) que utilizam frequências que permitem a propagação ionosférica. A reflexão na ionosfera permite cobrir extensas regiões e atingir pontos da superfície terrestre que estejam situados a milhares de quilômetros de distância. Todo este processo é possível a partir de uma única antena emissora.
A Onda Curta corresponde ao espectro de frequência dos 3.000 kHz a 30.000 kHz ou (3-30 MHz). Em Rádio, a onda curta corresponde à alta frequência obtida pela relação inversa entre a frequência e o comprimento da onda. Por isso é denominada de "ondas curtas", pois seus comprimentos de onda são mais curtos do que os da onda longa. As ondas longas eram utilizadas no início das comunicações de rádio. A propagação das transmissões de rádio em ondas curtas está sujeita a fenomenologia própria das camadas ionosféricas. Devido à característica do comprimento de onda, as transmissões podem se propagar até grandes distâncias, através de saltos. Os saltos só ocorrem onde há a refração e consequente, reflexão nas camadas da ionosfera. (Lei de Snell).
Como se sabe, a ionosfera da Terra é inconstante e, portanto, pode não só causar grandes interferências como também interromper qualquer tipo de transmissão em questão de segundos. Os chiados são comuns, uma vez que existem vários fatores que causam interferências nas ondas de rádio. As ondas curtas requerem vários saltos na superfície para que se propaguem. No entanto o mar não é uma superfície reflexiva e sim absortiva. A propriedade salina do mar o torna um excelente condutor, mas sua superfície não reflete sinais de rádio. O Mar absorve integralmente as ondas eletromagnéticas de modo que não há como fazer reflexão usando a superfície do mar.
Conclui-se então que, os sinais de rádio vindos da França, durante as transmissões dos jogos da Copa de 1938, não chegaram ao Brasil por reflexão, saltos ou pulos.
Colecionador possui vários rádios que trabalhavam transmitindo ondas curtas. Imagem: A Hora |
Os sinais de rádio de alta frequência de 3 a 30 MHz podem se propagar até um receptor que esteja distante através de uma onda terrestre ou de uma onda que esteja próxima ao chão. Para distâncias curtas, a propagação se estende em torno de 100 km sobre a terra e em 300 km sobre o mar. Este alcance da onda depende da altura da antena, polarização, frequência, tipo de solos, vegetação, estado do terreno, estado do mar ou se é propagada por uma onda direta ou de linha-de-visada. Este tipo de onda pode interagir com a onda refletida de terra em separação terminal, frequência e polarização. Já as ondas celestes são refratadas pela ionosfera e se propagam em todas as distancias. (ver Propagação item 2-comunicação HF).
Nem todas as ondas de HF são refratadas pela ionosfera. Existem limites superiores e inferiores de frequências para comunicações entre dois terminais. Se a frequência é muito alta, a onda irá penetrar na ionosfera, e se for muito baixa, a potência do sinal será atenuado devido à absorção da região D. O intervalo de frequências utilizáveis poderá variar ao longo do dia, variar com as estações, variar com ciclo solar, variar de lugar para lugar e dependerá ainda da região da ionosfera que será usada para as comunicações.
O comprimento do pulo é uma distância medida no chão, ou uma medida que cobre um sinal de rádio. A medida é tomada após o sinal ter sido refratado na ionosfera e consequentemente, retornado a Terra. O limite superior do comprimento do pulo é determinado pelo comprimento da ionosfera e pela imaginária curvatura da Terra. Para as alturas de 100 km e 300 km, os comprimentos máximos dos pulos com um ângulo de elevação de 4 graus, são de 1800 km e 3200 km, respectivamente.
Distancias maiores que estas requerem mais de um pulo. Por exemplo, a distancia de 6100 km iriam requerer um mínimo de 4 pulos ou 2 pulos longos usando a região F da ionosfera. Mais pulos podem ser necessários com ângulos de elevação e uso de antenas maiores. Mas pelo mar não há como realizar os pulos ou saltos. Para enviar sinais da França para o Brasil seriam necessários mais de 6 pulos.
Até hoje as antenas de rádio são colocadas estrategicamente em lugares altos. Imagem: World Radio Map |
Existem muitos caminhos ou modos por onde uma onda celeste pode viajar, do transmissor para o receptor. O modo para uma camada em particular, a qual requer o menor número de pulos entre o receptor e o transmissor é denominado "modo de primeira ordem". O modo que requer mais de um pulo extra é chamado de "modo de segunda ordem". Para um circuito com comprimento de caminho de 5000 km, o modo de primeira ordem da região F irá requerer pelo menos dois pulos, enquanto o modo de segunda ordem de F irá requerer três pulos. Mas onde foram realizados os pulos dos sinais eletromagnéticos da França para o Brasil se não há como realizar saltos refletindo-se sinais de ondas curtas no mar?
Ondas eletromagnéticas não acompanham a imaginária curvatura da Terra, pois não há nenhuma curvatura. A pseudociência afirma, mas não prova, que uma onda eletromagnética possa se curvar ao se propagar através de uma inversão de temperatura em altitudes de poucos quilômetros. Segundo a farsa pseudocientífica, obviamente usada para sustentar a mentira do globo, sob estas condições termais, as ondas gradualmente se curvam pela inversão de temperatura e desta forma, acompanham a curvatura da Terra. Segundo a pseudociência, distâncias de diversas centenas de quilômetros podem ser cobertas desta forma. Onda eletromagnética não se curva e, portanto nenhuma inversão de temperatura irá curvar uma onda eletromagnética. A apelação chega à ser infantil e primária.
Não é a imaginária curvatura da Terra que limita o uso dos sinais de rádio. Para emitir sinais de rádio para longas distâncias são necessários equipamentos apropriados e potentes. O alcance de um sinal depende efetivamente do potência do transmissor e também da frequência de operação. As baixas frequências viajam mais longe que as altas frequências. Logo, em condições ideais de baixo ruído, é possível se comunicar até distancias de aproximadamente 800 quilômetros em 2 MHz através do uso de um transmissor de 100 W. Em 8 MHz, sob as mesmas condições e usando a mesma potência de transmissão, o alcance máximo será reduzido a aproximadamente 250 quilômetros.
A internet esta cheia dessas imagens insinuando que tudo passa pelos supostos satélites em órbita. Imagem: Bolsat |
Outro agravante com relação a transmissão da copa de 38 é o fato da ionosfera e do solo absorverem parte da energia de uma onda eletromagnética. Geralmente os amplificadores de sinais são usados para amplificar os sinais. Amplificando os sinais se mantêm a qualidade e a potência da propagação. O solo da Terra é um semicondutor e parte das ondas eletromagnéticas são absorvidas durante a reflexão. Uma vez que não há como realizar a reflexão de sinais eletromagnéticos pelo mar, fica pergunta: Onde foram realizadas as reflexões dos sinais vindos da França, e onde ocorreu a amplificação intermediária destes sinais?
A verdade é que os sinais vindos da França para o Brasil não refletiram em nenhum meio material. Não perderam potência porque foram realizados de antena para antena, em linha reta, ou tecnicamente, em linha de visada. De antena para antena não há tanta perda de energia, apesar do ar também atenuar a intensidade dos sinais de rádio. No entanto, com um transmissor potente é meramente possível se cobrir longas distâncias em linha de visada. Nesta sequência as ondas são amplificadas em terra e direcionadas para as antenas dirigidas. Há também uma outra hipótese à ser considerada: a do uso de frequências de micro-ondas.
Como se sabe, Maxwell descobriu as micro-ondas, Hertz as reproduziu em seu laboratório e Marconi as usou para transmitir sinais cobrindo longas distâncias em 1931. Possivelmente as micro-ondas foram usadas da França para o Brasil. As micro-ondas são ondas de frequência altíssimas e requerem linha de visada, ou seja, que o transmissor esteja alinhado com o receptor. Certamente os sinais vindos da França foram calculados usando-se o nível do mar como referência. Sabendo que o nível do mar é zero e tendo uma antena de 200 metros, fica fácil calcular a angulação e a altura de uma antena no Brasil. A referência seria o nível do mar no Rio de Janeiro e uma antena de 200 metros. Uma topografia bem feita seria suficiente para tornar esta transmissão possível usando-se linhas de visada.
Numa Terra Circular Plana tanto as ondas eletromagnéticas quanto essas antenas altas fazem todo sentido. Imagem: Lee Claxton |
Mesmo que a Terra fosse uma bola, que as ondas de rádio fossem conduzidas pela ionosfera e que uma onda eletromagnética se propagasse fazendo curva, como que o sinal propagado seria captado? Seria usando uma antena de 30, 40, 60 ou 90 Km de altura? Não existem antenas maiores que 600 metros na Terra. Geralmente as antenas possuem de 100 a 350 metros de altura. Para captar os sinais que se propagassem na imaginária curvatura terrestre seria preciso que o receptor, ou que a antena estivesse em contato com o telhado eletromagnético que se formaria na ionosfera. Impossível!
A história do rádio e das transmissões realizadas no passado estão repletas de contradições. Pedaços da história foram propositalmente subtraídos para sustentar a mentira do globo terrestre. Para explicar a imaginária curvatura da Terra usam vários termos técnicos, muita matemática, muito desenho e nenhuma comprovação científica. As aberrações são inúmeras e com direito a apelação, a fraude e a mentira. O desespero chega ao ponto de criarem uma costura cega, tecida na impossibilidade de que uma onda eletromagnética possa se curvar para acompanhar o globo imaginário. A Terra não é um globo, a Terra Circular é plana.
Fontes: