Terra Circular Plana - Prova 47 - Nove Experimentos com Faróis

Diante de tantas evidências pelo mundo todo de que vivemos em uma terra Circular plana com águas niveladas; resta aos defensores do globo o defenderem cegamente usando das mais embaraçosas desculpas e argumentos, onde um deles é a refração atmosférica. Mas Samuel B. Rowbotham também se encarregou de provar que isso não descartava nenhum dos seus experimentos. A distância que cruza o Canal Saint George, entre Holyhead e o Porto de Kingstow, próxima a Dublin, é de pelo menos 60 milhas terrestres (96,560 km). Não é uma coisa incomum os passageiros dizerem que veem a luz do Pier de Holyhead, e a Luz de Poolbeg na Baía de Dublin, quando estão lá. E é uma distância considerável além do centro do Canal, como é mostrado na figura 23.



O Farol, no Pier de Holyhead mostra uma luz vermelha a uma elevação sobre a altura da água; e o Farol de Poolbeg exibe duas luzes brilhantes a uma altura de 68 pés (20,72mt). Logo, uma embarcação no meio do Canal estaria a 30 milhas (48,280 km) de cada luz, e dado o desconto de que o observador esteja no deck, e 24 pés (7,31mt) acima da água, o horizonte em um globo estaria a 6 milhas de distância (9,656km). Deduzindo 6 milhas (9,656km) de 40 (64,373km), a distância do horizonte para Holyhead, em uma mão, e para a Baía de Dublin em outra, seria de 24 milhas (38,624km). O quadrado de 24, multiplicado por 8 polegadas, mostraria uma declinação de 384 pés (117,04mt). A altura das luzes no Farol de Poolbeg é de 68 pés (20,72mt); e a luz vermelha no Pier de Holyhead, 44 pés (13,411mt). Consequentemente, se a terra fosse um globo, a formação seria sempre 316 pés (96,316mt) e as luzes deveriam estar a 340 pés (103,63mt) abaixo da linha do horizonte, como visto no diagrama seguinte na figura 24.



A linha de visão H, S, seria uma tangente tocando o horizonte em H, e passando a mais de 300 pés (91,44mt) sobre o topo de cada farol.

Muitos exemplos de luz sendo visíveis no mar por distâncias que seriam completamente impossíveis em uma superfície globular de 25.000 milhas (40.233km) de circunferência. Seguem adiante alguns deles:

“A chama de fogo (como era usada) no farol de Spurn Point, na boca de Humber, a qual foi construída com o objetivo de queima, é vista a 30 milhas (48,280km) de distância.” (1)

Descontando 16 pés (4,87mt) para a altura do observador (o que é considerado mais do que necessário (2), 10 pés (3,04mt) estando abaixo do padrão, mas 6 pés (1,82mt) podem ser acrescidos para a altura dos olhos acima do deck), 5 milhas (8,046km) precisam ser tiradas de 30 milhas (48,280km), como distância do horizonte. Temos então, o quadrado de 5 milhas (8,046km), multiplicado por 8 polegadas, que somam um total de 416 pés (126,79mt). Subtraindo a altura da luz, 93 pés (28,34mt), nós temos 323 pés (98,450mt) como a altura em que essa luz deveria estar abaixo do horizonte.

O cálculo acima é feito sobre a dedução de que milhas terrestres são usadas, mas é muito provável que medidas náuticas sejam entendidas e, se for assim, a luz deveria estar 600 pés (182,88mt).





A Luz de Egerö, no ponto oeste da Islândia, costa sul da Noruega, está construída em cima da primeira ordem das luzes dióptricas, é visível a 28 milhas terrestres (45,061km) e a altura acima da água é de 154 pés (46,93mt). Ao fazer o cálculo apropriado, será descoberto que essa luz deveria estar mergulhada abaixo do horizonte 230 pés (70,10mt).

A Luz de Dunkerque, no sul da Costa da França, está a 194 pés (59,13mt) de altura, e é visível a 28 milhas terrestres (45,061km). O cálculo simples mostra que ele deveria estar 190 pés (57,91km) abaixo do horizonte.

A Luz de Cordonan, no Rio Gironde, na costa oeste da França, é visível a 31 milhas terrestres (49,889km), e sua altitude é de 207 pés (63,09mt), o que daria uma queda abaixo do horizonte de aproximadamente 280 pés (85,34mt).

A Luz de Madras, na Esplanada, está a 132 pés (40,23mt) de altura, e é visível a 28 milhas terrestres (45,061km), em cuja distância ela deveria estar sob o horizonte mais de 250 pés (76,2mt).

A Luz do Porto Nicholson, na Nova Zelândia, (erigido em 1859), é visível a 35 milhas terrestres (56,32km), e sua altura é de 420 pés (10,66mt) acima do nível da água. Se a água fosse convexa, a luz deveria estar 220 pés (67,05mt) abaixo do horizonte.

A Luz do Cabo da Bonavista, na Terra Nova, está 150 pés (45,72mt) acima do nível da água, e é visível a 35 milhas terrestres (56,32km). Esses dados afirmam, no cálculo da redondeza da terra, que a luz deveria estar afundada 491 pés (149,65mt) no horizonte marítimo. Acima temos uns poucos casos selecionados do trabalho referidos na anotação da página 29. Muitos outros poderiam ser dados de igual importância, para mostrar as discrepâncias entre a teoria da redondeza da terra e a experiência prática de homens do mar.

Farol do Cabo Bonavista, na Terra Nova atualmente. Um dos locais onde Samuel Rowbotham fez observações. Imagem: Mansz and McKerral

A única modificação que pode ser feita nos cálculos acima é o desconto por refração, o que é geralmente considerado por pesquisadores no acúmulo de um duodécimo de altitude, do objeto observado. Se fizermos esse desconto, reduzirá tão pouco os vários quocientes que o resultado como um todo será substancialmente o mesmo. Tome o último caso como exemplo. A altura da luz do Cabo de Bonavista, na Terra Nova, está a 150 pés (45,72mt), o que, dividido por 12, dados 13 pés (3,96mt) como o acúmulo de redução de 491 pés (149,65mt), somando ainda 478 pés (145,69mt), como o degrau de inclinação.

Muitos têm dito que a refração somaria para muito a elevação dos objetos vistos à distância de muitas milhas. De fato, têm sido feitas tentativas para mostrar que a maior bandeira, no fim das seis milhas (9,656km) do Canal Bedford (Experimento 1, figura 2), foi visto por causa da refração. Que a linha de visão não é uma linha reta, mas curvada sobre a convexidade da água; e que a conhecida aparência de um objeto na base da água, se refere a uma ilustração. Um pequeníssimo reflexo, entretanto, mostrará que os casos não são paralelos. Por exemplo, se o objeto (um centavo ou outra moeda) for colocado em uma base sem água, não há refração. Estando cercado apenas pelo ar atmosférico, e o observador estando na mesma média, não há dobra de refração na linha dos olhos. Nem haveria qualquer refração se o objeto e observador fossem ambos cercados com água. A refração pode existir somente quando o meio que envolve o observador é diferente do qual o objeto é colocado. Assim, como o centavo na base é cercado com ar e o observador está no mesmo ar, não há refração, mas quando o observador permanece no ar, e o centavo é colocado na água, acontece a refração. Esta ilustração não é aplicada às experiências feitas no Canal Bedford, porque a bandeirola e os barcos estavam no mesmo meio que o observador ㅡ ambos no ar.





Para fazer o caso paralelo, a bandeirola ou o barco deveriam estar dentro da água, e o observador no ar; mas como não foi assim, a ilustração falha. Não há dúvida, contudo, de que seja possível para a atmosfera ter diferentes temperaturas e densidades em duas estações a seis milhas (9,656km) distantes uma da outra e alguns graus de refração possam ser produzidos, mas nas muitas ocasiões para verificar se alguma diferença existia, foram seguidos os seguintes passos: dois barômetros, dois termômetros, e dois higrômetros foram utilizados, sendo as duplas da mesma marca e fazendo exatamente a mesma leitura. Em um dia, ao meio-dia em ponto, todos os instrumentos foram cuidadosamente examinados, e cada um deles foram colocados no mesmo ponto ou figura. Os dois barômetros mostraram a mesma densidade, os dois termômetros a mesma temperatura e os dois higrômetros o mesmo grau de umidade do ar. Um de cada foi colocado na estação oposta, e às três da tarde cada instrumento foi cuidadosamente examinado, e as leituras registradas e as observações de bandeirolas, etc., então, imediatamente tomados.

Em um curto espaço de tempo depois de o conjunto de observadores se apresentarem por volta de meio dia ao norte da bancada do canal, quando as anotações foram comparadas, encontravam-se precisamente as mesmas: temperatura, densidade e umidade do ar não diferenciam nas duas estações na hora em que a experiência com o telescópio e as bandeiras foi feita. Consequentemente se concluiu que a refração não interferiu em parte alguma da observação, e não houve nenhum desconto por, nem permitido por influência, fosse qual fosse, o resultado geral.

Em 1851, o autor deu um curso de palestras no Instituto de Mecânica e depois na Rotunda, em Dublin, quando grande interesse foi manifestado por grandes audiências. Ele foi desafiado a repetir alguns dos mesmos experimentos - levá-los à vizinhança. Entre outros, o seguinte experimento foi feito, cruzando a Baía de Dublin. Em um pier, no Porto Kingstown, um bom teodolito foi fixado, em uma determinada altura, e direcionado a uma bandeira que, mais cedo no mesmo dia, foi fixada à base da Colina de Howth, ao lado norte da Baía. Uma observação foi feita em uma determinada hora, e acertos foram feitos para os termômetros, barômetros e higrômetros ㅡ dois de cada que foram previamente comparados, sendo lidos simultaneamente, um em cada estação. Uma das pessoas encarregadas dos instrumentos depois da reunião e comparando as anotações, foi descoberto que a temperatura, pressão e umidade do ar tinham sido iguais nos dois pontos no momento em que foi feita a observação no Pier de Kingstown. Também foi descoberto pelos observadores que o ponto observado na Colina de Howht tinha precisamente a mesma altura que a do teodolito no pier, e que, portanto, não havia curvatura ou convexidade na água que cruzava a Baía Dublin. Foi, com certeza, inadmissível que a similaridade da altitude dos dois lugares fosse o resultado de refração, porque não havia diferença na condição da atmosfera no momento da observação.

As seguintes observações da Enciclopédia Britânica ㅡ artigo, “nivelamento” embasam a seguinte questão:

“Nós supomos um raio visual como uma linha reta, quaisquer que sejam as diferentes densidades do ar nas diferentes distâncias da terra, os raios de luz são curvados pela refração. O efeito disso é diminuir a diferença entre nível real e aparente, mas de uma maneira tão extremamente variável e incerta que se qualquer desconto constante ou fixo for feito para tal em fórmulas ou tabelas, isso com frequência levará a erros maiores do que se pretendia evitar. Por pensar que a refração pode compensar aproximadamente um sétimo da curvatura da terra, algumas vezes excede um quinto, e outras vezes não acumula um décimo quinto. Não faremos, portanto, desconto por refração precipitada em fórmula.”


Foi visto acima que, na prática, não há desconto para a refração. Tal desconto só pode existir quando a 'linha de visão passa de um meio a outro de diferente 'densidade' ou quando o mesmo meio difere no ponto de observação e do ponto observado. Se descontarmos pela quantidade de refração, a qual os pesquisadores têm adotado, um duodécimo da altura do objeto observado e aplicar isto a várias experiências feitas no Canal Old Bedford, isso fará uma pequena diferença nos resultados atuais. No experimento da figura 3, no caso, onde o topo da bandeirola deveria estar 11 pés e 8 polegadas abaixo do horizonte, subtraindo um duodécimo por refração, reduziria isso poucas polegadas (3,55mt) a menos do que 10 pés (3,04mt).

Outros, não sendo capazes de negar o fato de que a superfície da água no Old Bedford e outros canais é horizontal, tem pensado que a solução da dificuldade foi afirmar supostamente que o canal seja um tipo de 'calha' na superfície da terra, e considerar que apesar de a terra ser um globo, tal canal ou 'cuba' possa existir na sua superfície como a corda de um arco terminando em sua extremidade. Isso, entretanto, só poderia ser possível se a terra fosse imóvel. Mas a teoria que afirma a redondeza da terra também exige um movimento rotativo, e produz uma força centrífuga. Assim sendo, a ação centrífuga da terra girando lançaria, por necessidade, as águas da superfície longe do centro. Essa ação sendo igual em distâncias iguais, e sendo retardada pela atração da gravidade (inclusa na teoria), a qual é também igual em distâncias iguais, a superfície de cada massa distinta e inteira de água deveria estar equidistante do centro da terra, e portanto, deveria ser convexa, ou o arco de um círculo. Equidistante do centro significa, no senso científico, 'nivelado'. Consequentemente a necessidade de usar o termo horizontal para distinguir entre 'nivelado' e 'reto'.

Considerações e Conclusões

Não foi apenas no século VIII que tais experimentos funcionavam, mas ainda hoje se forem repetidos da mesma forma como Samuel Rowbotham os realizou, certamente os resultados serão os mesmos. Basta olhar para tantos que tem sido realizados atualmente e conferir que em sua maioria o resultado é: Não existe curvatura. Mas ainda não é o fim e vem muito mais pela frente. Por isso já o convido a se inscrever aqui no blog e no canal Verdade Urgente no YouTube; comentar o que achou destes experimentos e também compartilhar com outras pessoas para que saibam a verdade. Deus abençoe sua vida.

Fontes: 

1. "Lighthouses of the World." Laurie, 53, Fleet Street, London, 1862.
2. De acordo com as figuras dadas, entende-se “que distância mínima para que a luz possa ser vista em clima claro de uma altura de 10 pés acima do nível do mar.” Ibid., p. 32
Astronomia Zetética - Porque a terra não é um globo (Páginas 39 a 45)



Ricardo F.S

Escritor no Blogger desde 2009. Adorador do Cristo Vivo. Artista por Natureza. Músico Autodidata. Teólogo Apologeta Zeloso capacitado pela EBD, CETADEB e EETAD. Homem Falho, Apreciador de Conhecimentos Úteis e de Vida Simples e Modesta. 😁

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