Por que o casco de um navio desaparece antes do mastro principal? De acordo com os globolóides isso acontece porque porque os navios somem atrás da curvatura terrestre, e desde a antiguidade essas pessoas piamente acreditam que de fato seja assim. Mas como bom cientista que Samuel B. Rowbotham era, se pôs a questionar, investigar e confrontar essas supostas provas da terra globular. É irritante a forma como globolóides tentam de todas as formas por meio de argumentos mentirosos e falaciosos rebater os argumentos óbvios e corretos que desmentem a terra fantasiosa deles. E a partir deste artigo vamos destruir as supostas evidências que eles utilizam a começar pela alegação mais milenar de que "os barcos somem atrás da curvatura da terra". Será mesmo? Antes de conferir, eu recomendo algumas leituras importantes para complementar seus estudos.
Objetos que somem / Terra Circular Plana
Já tem sido provado que os astrônomos da escola de Copérnico afirmam a redondeza da terra meramente como uma doutrina que os permite explicar certos fenômenos desconhecidos. “Que outra explicação podemos imaginar exceto a esfericidade da Terra?” Essa é a linguagem do Professor de Morgan, e ela expressa o estado mental daqueles que afirmam que a Terra é um globo. Há, da parte, deles uma inocência quase divertida do fato, que ao tentar explicar a suposição da redondeza, outra suposição seja obrigatoriamente envolvida, que é nada mais do que explicar o fenômeno em questão senão uma conclusão gratuita e precipitada com a qual eles se comprometeram. Para argumentar, por exemplo, porque a parte mais baixa de uma embarcação desaparece antes do mastro, a água precisa estar ao redor, é assumir que uma apenas uma superfície arredondada pode produzir tal efeito. Mas e se puder ser provado que através da simples lei da perspectiva em conexão com uma superfície plana produz esta aparência, a dedução da redondeza não é exigida, e todas as falácias enganosas e confusão envolvidas em ou misturadas com essa questão podem ser evitadas.
Antes de explicar a influência da perspectiva na causa do desaparecimento do casco antes da parte externa, é necessário tirar um erro nessa aplicação, o qual artistas e professores tem geralmente cometido, os quais se persistirem nisso não apenas impedirão a apresentação, como já tem sido feito, de representações absolutamente corretas das coisas naturais, mas também serão privados do poder de entender o porquê do desaparecimento das partes mais baixas antes das partes mais altas de qualquer objeto que se afasta, mesmo que a superfície na qual ele se mova seja comprovadamente horizontal. Em primeiro lugar é facilmente demonstrável que, como é visto no diagrama seguinte, fig. 71, em linhas que são equidistantes.
“O alcance dos olhos, ou diâmetro do campo de visão, é de 110º. Consequentemente este é o maior ângulo debaixo do qual um objeto pode ser visto. O alcance de visão é de 1º a 110º… O menor ângulo dentro do qual um um objeto pode ser visto está sobre uma média, de diferentes vistas, da sexagésima parte de um grau, ou um minuto no espaço. Então, quando um objeto é afastado dos olhos 3000 vezes de seu próprio diâmetro, esse objeto será simplesmente irreconhecível. Consequentemente a maior distância que um objeto pode ser observado, tal como uma moeda de uma polegada de diâmetro, é de 3000 polegadas, ou 250 pés (76,20 mt).” (90)
Da afirmação acima, segue;
1. Quanto maior o objeto, mais distância é exigida de afastamento do observador para que ele se torne invisível.
2. Quaisquer corpos, quanto mais distantes, ou mesmo duas partes do mesmo corpo separadamente, quanto mais longe eles forem, mais parecerão convergir ao mesmo ponto.
3. Qualquer parte distinta de um corpo que recua, tornar-se-á invisível antes do todo ou qualquer parte maior do mesmo corpo.
A primeira e a segunda proposições acima são evidentes. A terceira precisa ser ilustrada pelo diagrama que segue na figura 73.
“A” representa um disco de madeira ou cartolina, digamos, de um pé (30,48 cm) de diâmetro, e pintado de preto, exceto por uma polegada (2,54 cm) de diâmetro no centro. Ao afastarmos esse disco a cerca de cem pés (30,48 mt) longe do observador em A, o centro branco parecerá consideravelmente diminuído, como mostrado em B. E levando-o ainda mais longe, o centro branco ficará invisível. O disco parecerá como em C, inteiramente preto. Uma vez mais, um disco similar é pintado de preto, exceto por um seguimento de uma polegada (2,54 cm) no fundo na parte mais baixa. Ao movê-lo para frente, o segmento gradualmente desaparecerá, como mostrado em A, B e C, no diagrama da figura 74.
Se o disco for deixado em uma tábua D, o efeito será mais evidente. O disco em C parecerá perfeitamente redondo, com a parte branca tendo desaparecido.
A aplicação errônea de perspectiva já referida é a seguinte: sabe-se que ao olhar ao longo de uma seção de construções de considerável distância, cada objeto abaixo dos olhos parece subir à altura da linha de visão, e cada coisa acima da linha de visão, parece descer em direção à mesma linha de visão, e um artista, ao tentar representar tal visão no papel, geralmente adota a seguinte regra: desenhar uma linha cruzando o papel, ou tela à altura da linha de visão. E a essa linha, um ponto de fuga, desenhando todas as outras linhas acima e abaixo disso, independente sua distância, como é mostrado no diagrama 75.
No diagrama, A, B e C, representam duas linhas paralelas, mas não equidistantes da linha de visão em E, H. Para um observador em E, o ponto de fuga de C, D, poderia ser em H, porque as linhas C, D e E, H, chegariam juntas em H, como um ângulo de um minuto de um grau. Mas é evidente a partir de um simples relance do diagrama vemos que H não pode ser o ponto de fuga de A, B, porque a distância E, A, sendo maior do que E, C, o ângulo A, H, E, é também maior do que C, H, E e também, de fato, consideravelmente mais do que um minuto de um grau. Portanto, para a linha A, B, seria impossível ter um ponto de fuga na linha E, H, a menos que fosse levada em direção a W. Então a linha A, W, é a real perspectiva da linha de A, B, formando um ângulo de um minuto em W, o que é o real ponto de fuga de A, B, como H é o ponto de fuga de C, D, e G, H, porque estas duas linhas são equidistantes da linha de visão.
O erro na perspectiva, que é quase universalmente cometido, consiste em causar linhas diferentes da distância da convergência da linha de visão a um ponto de fuga. Linhas mais distantes da linha de visão precisam, por necessidade, convergir menos rapidamente, e precisam seguir além da linha de visão antes de se encontrarem no ângulo de um minuto, que constitui o ponto de fuga.
Uma excelente ilustração da diferença é dada na figura 76.
perspectiva falsa poderia trazer as linhas A, B e C, ao mesmo ponto H, mas a perspectiva real ou natural, traz as linhas A e B, ao ponto W, porque ali e lá, somente A, W e E se tornam no mesmo ângulo como C, H e E. É obrigatório que seja o mesmo ângulo, ou isso não é o ponto de fuga.
A lei representada no diagrama acima é a “lei da natureza”. Ela pode ser vista em cada camada de uma longa muralha, em cada limite e margem de uma autoestrada, e de fato a cada direção em que a linha de objetos seguem paralelas umas às outras. Nenhuma ilustração contrária à lei da perspectiva é vista na natureza. Nas pinturas abundantes nas coleções públicas e privadas, entretanto, elas podem ser testemunhadas, dando um grau de distorção nas pinturas e desenhas, embora lindamente executadas, o que choca o observador como algo artificial, mas como suposição, artisticamente ou teoricamente correto.
A teoria que afirma que toda linha paralela converge a um e ao mesmo ponto de linha de visão, é um erro. A a verdade é que apenas linhas equidistantes à linha de visão, linhas mais ou menos separadas, encontram-se com a linha de visão em diferentes distâncias, e o ponto em que elas se encontram é apenas aquele em que cada uma delas forma o ângulo de um minuto de um grau, ou outra medida angular possa ser definida como ponto de fuga. Esta é a verdadeira lei de perspectiva como se pode ver pela própria natureza. Qualquer ideia contrária é falaciosa e vai enganar a qualquer que não entenda e não aplique isso na prática.
De acordo com a lei acima da perspectiva natural, as seguintes ilustrações são importantes como representações reais de fenômenos observados. Em uma longa fila de lâmpadas, fixadas em um chão horizontal, os postes, se forem curtos, diminuem gradualmente até uma distância de umas poucas centenas de jardas até que desapareçam e a parte mais alta e a mais baixa do poste da lâmpada pareça tocar no chão, como mostrado na figura, no diagrama 77.
As linhas A, B, e C, D, representam a atual profundidade ou distância de toda a série de lâmpadas, como de C, para A. Um observador olhando um pouco à esquerda ou direita do ponto E, e olhando ao longo da sequência, verá que cada poste sucessivo parecerá menor do que o que vem antes, e, a certa distância da linha C, D, parecerão encontrarem-se na linha de visão em H. Nesse ponto, ficarão visíveis apenas as lâmpadas, que parecerão estar sem os postes. No ponto H, onde os topos dos postes desaparecem, as lâmpadas parecem diminuir de tamanho consideravelmente, como mostrado na linha A, W, mas quanto mais os postes entram no ponto cego, os topos aparecerão sobre a linha de visão E, H, ou até a linha A, W, onde encontram E, H, no ângulo de um minuto de um grau. A sequência de lâmpadas tais como foram descritas, podem ser vistas em York Road, que se estende por mais de 600 jardas (548,64 mt) cruzando o final, ao lado sul, do Parque Regent, em Londres. Na mesma estrada, o exemplo seguinte pode ser visto a qualquer hora.
Envie uma garotinha, com roupas curtas, de C em direção a D. Ao caminhar por umas cem (548,64 mt) jardas ou mais (de acordo com o tamanho da roupa) a parte de baixo da roupa, ou a parte mais longa, parecerá tocar o chão. E, ao chegar em H, o ponto de fuga das linhas C, D e E, H, a roupa terá coberto as pernas da garota, mas a parte de cima continuará visível, porém, diminuindo até a linha A, B, chegando em contato com E, H, no ângulo de um minuto.
Se um trem for observado ao se afastar ao longo dos trilhos, em linha reta, e numa parte horizontal do caminho, o fundo do último vagão parecerá gradualmente mais perto dos trilhos, até que, a cerca de duas milhas de distância, a linha do trilho e o fundo do vagão, parecerão estar juntos, como mostrado na figura 79.
A bancada sul do Duke do Canal de Bridgewater (o qual passa entre Manchester e Runcorn) na vizinhança de Sale e Timperly, em Cheshire, segue paralela à superfície da água, em uma elevação de aproximadamente dezoito polegadas (45,72 cm), e nesse ponto do canal é uma linha reta de mais de uma milha terrestre (1,609 km). Nesse banco, oito bandeirolas, cada uma com 6 polegadas (15,24 cm) de altura, foram colocadas em intervalos de 300 jardas (274,32 mt), e ao olhar o trecho de navegação do lado oposto, a bancada parecerá, a distância, gradualmente diminuir em profundidade, até que a relva das margens tenham convergido em um ponto, e a última bandeira parecerá ficar não na bancada, mas sobre as águas do canal, como mostrado no diagrama, na figura 80.
As bandeirolas e a bancada tinham por toda a distância, a altitude e a profundidade representadas respectivamente pelas linhas A, B, e C, D.
Na Baía de Dublin, há um longo trapiche de aproximadamente 3 milhas (4,828 km) de distância, onde está o farol Poolbeg. Em uma ocasião o autor sentou em um barco oposto à “Torre Irlandesa”, a três milhas (4,828 km) do mar e do trapiche, registrou que o farol parecia brotar da água, como mostrado na figura no diagrama da figura 81.
A parte de cima do trapiche parece descer gradualmente em direção ao nível da linha do mar, como é de A, para B, mas ao remar rapidamente em direção de A, o farol foi visto fixado no fim do trapiche, a pelo menos 4 pés (1,21 mt) em profundidade vertical, sobre a água, como visto no diagrama, da figura 82.
Os vários casos que seguirão, todos selecionados de um grande número de exemplos envolvendo a mesma lei, a terceira proposição, que “qualquer parte distinta de um corpo se tornará invisível antes do todo, ou qualquer parte maior do mesmo corpo”, é uma demonstração suficiente. Será, portanto, facilmente visto o casco de um navio ao recuar, obedece a mesma lei de uma superfície plana, desaparecendo antes do mastro principal. Se colocarmos isso em forma de silogismo (raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas proposições (premissas), das quais se obtém por inferência uma terceira (conclusão) [p.ex.: "todos os homens são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos são mortais), a conclusão é inevitável.
Qualquer parte distinta de um objeto se afastando fica invisível antes do todo ou de qualquer parte maior do mesmo objeto.
O casco é uma parte distinta do navio
Logo, o casco ou a parte de baixo de um navio, precisa desaparecer antes do todo, inclusive antes do mastro principal.
Para fornecermos um argumento com um caráter um pouco mais náutico e praticável, pode ser afirmado como segue:
A parte de qualquer corpo se afastando que estiver mais próxima da superfície sobre a qual ele se move, contrai, e torna-se invisível antes das partes que estão mais acima da superfície, como já mostrado nas figuras, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69 e 70.
O casco de um navio está mais próximo da superfície da água, a superfície sobre a qual ele se move, do que o mastro principal. Logo, o fundo de um navio tem de ser o primeiro a desaparecer.
Veremos isso matematicamente no seguinte diagrama, na figura 83.
A linha A, B, representa a altitude do mastro principal. E, H, a altura do observador, e C, e D, a superfície horizontal do mar. Pela lei de perspectiva, a superfície da água parecerá subir em direção à linha de visão, encontrando-se com ela no ponto H, que é o horizonte. O navio parecerá subir o plano inclinado C, H, o casco gradualmente ficará menor até chegar no horizonte H, onde ficará tão pequeno que sua profundidade subtende um ângulo, aos olhos do observador, menor do que um minuto de um grau, o que o torna, portanto, invisível. Enquanto o ângulo subtendido pelo espaço entre o mastro principal e a superfície da água é consideravelmente maior do que um minuto, e portanto, embora o fundo tenha desaparecido no horizonte como num ponto de fuga, o mastro principal ainda está visível sobre o horizonte. Mas o veleiro continua navegando, e o mastro principal gradualmente desce na direção da linha A, W, até que a determinada distância, ele forme o mesmo ângulo de um minuto de grau ao olho do observador, e então se torne invisível.
Aqueles que acreditam que a terra é um globo, frequentemente tem tentado provar através da citação do fato de quando o fundo do navio desparece, se um observador subir a uma posição mais alta, o fundo se torna novamente visível. Mas isso, é logicamente prematuro. tal resultado origina-se simplesmente do fato de que ao ficar em uma posição mais alta, o campo de visão fica sobre a água onde se forma o ângulo de um minuto de um grau, e isso inclui e traz de volta o navio de dentro do ponto de fuga, como mostrado na figura 84.
A altura da linha de vista E, H, sendo maior, faz com que o horizonte, ou ponto de fuga, seja formado na figura 2, ao invés da figura 1, como nas ilustrações dadas.
Então, o fenômeno do caso de uma embarcação sendo o primeiro a desaparecer, o qual tem sido universalmente citado e usado como base de prova da redondeza da terra, é suficientemente, e também lógica e matematicamente, uma prova justamente do contrário, que a terra é plana. Essa questão tem sido confundida e mal aplicada em consequência de uma visão errônea das leis de
perspectiva, e do desejo fracassado de embasar uma teoria. Como provado acima, essa citação é inválida para tal propósito.
Considerações e Conclusão
Deus é tão perfeito e maravilhoso em suas obras que nos deixou um mundo onde podemos explorar de fato observando até onde nos cabe e convém o fazer. Deixou alguns mistérios para serem desvendados e inteligência suficiente para que pudéssemos fazê-lo e as leis da natureza, embora um tanto complexas as vezes elas JAMAIS entrariam em contradição com a própria lógica e discernimento comum que Deus nos deu. Neste caso, especificamente, o conhecimento da lei de perspectiva deixa muita coisa clara aos nossos olhos, mostrando que barcos não desaparecem no horizonte atrás de uma curvatura; como também os carros e muito menos a lua e o sol como já demonstramos aqui no blog. Mas infelizmente pessoas desprovidas de tais conhecimentos básicos ou malandras mesmo, tentam iludir as pessoas mantendo-as no engano e sobre esse mundo giratório das fantasias. Você sabia dessas explicações dadas por Samuel B. Rowbotham? Deixe sua opinião; se inscreva para receber novas publicações em seu e-mail e compartilhe com outras pessoas estas informações.
Fontes:
Astronomia Zetética - A terra não é um globo (Páginas 206 - 225)
90 "Wonders of Science," by Mayhew, p. 357.
Segundo os crentes na hipótese de uma terra globular, desde os gregos eles afirmam que os barcos somem atrás da curvatura terrestre. Imagem: Artur Bhoz |
Objetos que somem / Terra Circular Plana
Já tem sido provado que os astrônomos da escola de Copérnico afirmam a redondeza da terra meramente como uma doutrina que os permite explicar certos fenômenos desconhecidos. “Que outra explicação podemos imaginar exceto a esfericidade da Terra?” Essa é a linguagem do Professor de Morgan, e ela expressa o estado mental daqueles que afirmam que a Terra é um globo. Há, da parte, deles uma inocência quase divertida do fato, que ao tentar explicar a suposição da redondeza, outra suposição seja obrigatoriamente envolvida, que é nada mais do que explicar o fenômeno em questão senão uma conclusão gratuita e precipitada com a qual eles se comprometeram. Para argumentar, por exemplo, porque a parte mais baixa de uma embarcação desaparece antes do mastro, a água precisa estar ao redor, é assumir que uma apenas uma superfície arredondada pode produzir tal efeito. Mas e se puder ser provado que através da simples lei da perspectiva em conexão com uma superfície plana produz esta aparência, a dedução da redondeza não é exigida, e todas as falácias enganosas e confusão envolvidas em ou misturadas com essa questão podem ser evitadas.
Antes de explicar a influência da perspectiva na causa do desaparecimento do casco antes da parte externa, é necessário tirar um erro nessa aplicação, o qual artistas e professores tem geralmente cometido, os quais se persistirem nisso não apenas impedirão a apresentação, como já tem sido feito, de representações absolutamente corretas das coisas naturais, mas também serão privados do poder de entender o porquê do desaparecimento das partes mais baixas antes das partes mais altas de qualquer objeto que se afasta, mesmo que a superfície na qual ele se mova seja comprovadamente horizontal. Em primeiro lugar é facilmente demonstrável que, como é visto no diagrama seguinte, fig. 71, em linhas que são equidistantes.
“O alcance dos olhos, ou diâmetro do campo de visão, é de 110º. Consequentemente este é o maior ângulo debaixo do qual um objeto pode ser visto. O alcance de visão é de 1º a 110º… O menor ângulo dentro do qual um um objeto pode ser visto está sobre uma média, de diferentes vistas, da sexagésima parte de um grau, ou um minuto no espaço. Então, quando um objeto é afastado dos olhos 3000 vezes de seu próprio diâmetro, esse objeto será simplesmente irreconhecível. Consequentemente a maior distância que um objeto pode ser observado, tal como uma moeda de uma polegada de diâmetro, é de 3000 polegadas, ou 250 pés (76,20 mt).” (90)
Da afirmação acima, segue;
1. Quanto maior o objeto, mais distância é exigida de afastamento do observador para que ele se torne invisível.
2. Quaisquer corpos, quanto mais distantes, ou mesmo duas partes do mesmo corpo separadamente, quanto mais longe eles forem, mais parecerão convergir ao mesmo ponto.
3. Qualquer parte distinta de um corpo que recua, tornar-se-á invisível antes do todo ou qualquer parte maior do mesmo corpo.
A primeira e a segunda proposições acima são evidentes. A terceira precisa ser ilustrada pelo diagrama que segue na figura 73.
“A” representa um disco de madeira ou cartolina, digamos, de um pé (30,48 cm) de diâmetro, e pintado de preto, exceto por uma polegada (2,54 cm) de diâmetro no centro. Ao afastarmos esse disco a cerca de cem pés (30,48 mt) longe do observador em A, o centro branco parecerá consideravelmente diminuído, como mostrado em B. E levando-o ainda mais longe, o centro branco ficará invisível. O disco parecerá como em C, inteiramente preto. Uma vez mais, um disco similar é pintado de preto, exceto por um seguimento de uma polegada (2,54 cm) no fundo na parte mais baixa. Ao movê-lo para frente, o segmento gradualmente desaparecerá, como mostrado em A, B e C, no diagrama da figura 74.
Se o disco for deixado em uma tábua D, o efeito será mais evidente. O disco em C parecerá perfeitamente redondo, com a parte branca tendo desaparecido.
A aplicação errônea de perspectiva já referida é a seguinte: sabe-se que ao olhar ao longo de uma seção de construções de considerável distância, cada objeto abaixo dos olhos parece subir à altura da linha de visão, e cada coisa acima da linha de visão, parece descer em direção à mesma linha de visão, e um artista, ao tentar representar tal visão no papel, geralmente adota a seguinte regra: desenhar uma linha cruzando o papel, ou tela à altura da linha de visão. E a essa linha, um ponto de fuga, desenhando todas as outras linhas acima e abaixo disso, independente sua distância, como é mostrado no diagrama 75.
No diagrama, A, B e C, representam duas linhas paralelas, mas não equidistantes da linha de visão em E, H. Para um observador em E, o ponto de fuga de C, D, poderia ser em H, porque as linhas C, D e E, H, chegariam juntas em H, como um ângulo de um minuto de um grau. Mas é evidente a partir de um simples relance do diagrama vemos que H não pode ser o ponto de fuga de A, B, porque a distância E, A, sendo maior do que E, C, o ângulo A, H, E, é também maior do que C, H, E e também, de fato, consideravelmente mais do que um minuto de um grau. Portanto, para a linha A, B, seria impossível ter um ponto de fuga na linha E, H, a menos que fosse levada em direção a W. Então a linha A, W, é a real perspectiva da linha de A, B, formando um ângulo de um minuto em W, o que é o real ponto de fuga de A, B, como H é o ponto de fuga de C, D, e G, H, porque estas duas linhas são equidistantes da linha de visão.
O erro na perspectiva, que é quase universalmente cometido, consiste em causar linhas diferentes da distância da convergência da linha de visão a um ponto de fuga. Linhas mais distantes da linha de visão precisam, por necessidade, convergir menos rapidamente, e precisam seguir além da linha de visão antes de se encontrarem no ângulo de um minuto, que constitui o ponto de fuga.
Uma excelente ilustração da diferença é dada na figura 76.
perspectiva falsa poderia trazer as linhas A, B e C, ao mesmo ponto H, mas a perspectiva real ou natural, traz as linhas A e B, ao ponto W, porque ali e lá, somente A, W e E se tornam no mesmo ângulo como C, H e E. É obrigatório que seja o mesmo ângulo, ou isso não é o ponto de fuga.
A lei representada no diagrama acima é a “lei da natureza”. Ela pode ser vista em cada camada de uma longa muralha, em cada limite e margem de uma autoestrada, e de fato a cada direção em que a linha de objetos seguem paralelas umas às outras. Nenhuma ilustração contrária à lei da perspectiva é vista na natureza. Nas pinturas abundantes nas coleções públicas e privadas, entretanto, elas podem ser testemunhadas, dando um grau de distorção nas pinturas e desenhas, embora lindamente executadas, o que choca o observador como algo artificial, mas como suposição, artisticamente ou teoricamente correto.
A teoria que afirma que toda linha paralela converge a um e ao mesmo ponto de linha de visão, é um erro. A a verdade é que apenas linhas equidistantes à linha de visão, linhas mais ou menos separadas, encontram-se com a linha de visão em diferentes distâncias, e o ponto em que elas se encontram é apenas aquele em que cada uma delas forma o ângulo de um minuto de um grau, ou outra medida angular possa ser definida como ponto de fuga. Esta é a verdadeira lei de perspectiva como se pode ver pela própria natureza. Qualquer ideia contrária é falaciosa e vai enganar a qualquer que não entenda e não aplique isso na prática.
De acordo com a lei acima da perspectiva natural, as seguintes ilustrações são importantes como representações reais de fenômenos observados. Em uma longa fila de lâmpadas, fixadas em um chão horizontal, os postes, se forem curtos, diminuem gradualmente até uma distância de umas poucas centenas de jardas até que desapareçam e a parte mais alta e a mais baixa do poste da lâmpada pareça tocar no chão, como mostrado na figura, no diagrama 77.
As linhas A, B, e C, D, representam a atual profundidade ou distância de toda a série de lâmpadas, como de C, para A. Um observador olhando um pouco à esquerda ou direita do ponto E, e olhando ao longo da sequência, verá que cada poste sucessivo parecerá menor do que o que vem antes, e, a certa distância da linha C, D, parecerão encontrarem-se na linha de visão em H. Nesse ponto, ficarão visíveis apenas as lâmpadas, que parecerão estar sem os postes. No ponto H, onde os topos dos postes desaparecem, as lâmpadas parecem diminuir de tamanho consideravelmente, como mostrado na linha A, W, mas quanto mais os postes entram no ponto cego, os topos aparecerão sobre a linha de visão E, H, ou até a linha A, W, onde encontram E, H, no ângulo de um minuto de um grau. A sequência de lâmpadas tais como foram descritas, podem ser vistas em York Road, que se estende por mais de 600 jardas (548,64 mt) cruzando o final, ao lado sul, do Parque Regent, em Londres. Na mesma estrada, o exemplo seguinte pode ser visto a qualquer hora.
Envie uma garotinha, com roupas curtas, de C em direção a D. Ao caminhar por umas cem (548,64 mt) jardas ou mais (de acordo com o tamanho da roupa) a parte de baixo da roupa, ou a parte mais longa, parecerá tocar o chão. E, ao chegar em H, o ponto de fuga das linhas C, D e E, H, a roupa terá coberto as pernas da garota, mas a parte de cima continuará visível, porém, diminuindo até a linha A, B, chegando em contato com E, H, no ângulo de um minuto.
Se um trem for observado ao se afastar ao longo dos trilhos, em linha reta, e numa parte horizontal do caminho, o fundo do último vagão parecerá gradualmente mais perto dos trilhos, até que, a cerca de duas milhas de distância, a linha do trilho e o fundo do vagão, parecerão estar juntos, como mostrado na figura 79.
A bancada sul do Duke do Canal de Bridgewater (o qual passa entre Manchester e Runcorn) na vizinhança de Sale e Timperly, em Cheshire, segue paralela à superfície da água, em uma elevação de aproximadamente dezoito polegadas (45,72 cm), e nesse ponto do canal é uma linha reta de mais de uma milha terrestre (1,609 km). Nesse banco, oito bandeirolas, cada uma com 6 polegadas (15,24 cm) de altura, foram colocadas em intervalos de 300 jardas (274,32 mt), e ao olhar o trecho de navegação do lado oposto, a bancada parecerá, a distância, gradualmente diminuir em profundidade, até que a relva das margens tenham convergido em um ponto, e a última bandeira parecerá ficar não na bancada, mas sobre as águas do canal, como mostrado no diagrama, na figura 80.
As bandeirolas e a bancada tinham por toda a distância, a altitude e a profundidade representadas respectivamente pelas linhas A, B, e C, D.
Na Baía de Dublin, há um longo trapiche de aproximadamente 3 milhas (4,828 km) de distância, onde está o farol Poolbeg. Em uma ocasião o autor sentou em um barco oposto à “Torre Irlandesa”, a três milhas (4,828 km) do mar e do trapiche, registrou que o farol parecia brotar da água, como mostrado na figura no diagrama da figura 81.
A parte de cima do trapiche parece descer gradualmente em direção ao nível da linha do mar, como é de A, para B, mas ao remar rapidamente em direção de A, o farol foi visto fixado no fim do trapiche, a pelo menos 4 pés (1,21 mt) em profundidade vertical, sobre a água, como visto no diagrama, da figura 82.
Os vários casos que seguirão, todos selecionados de um grande número de exemplos envolvendo a mesma lei, a terceira proposição, que “qualquer parte distinta de um corpo se tornará invisível antes do todo, ou qualquer parte maior do mesmo corpo”, é uma demonstração suficiente. Será, portanto, facilmente visto o casco de um navio ao recuar, obedece a mesma lei de uma superfície plana, desaparecendo antes do mastro principal. Se colocarmos isso em forma de silogismo (raciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duas proposições (premissas), das quais se obtém por inferência uma terceira (conclusão) [p.ex.: "todos os homens são mortais; os gregos são homens; logo, os gregos são mortais), a conclusão é inevitável.
Qualquer parte distinta de um objeto se afastando fica invisível antes do todo ou de qualquer parte maior do mesmo objeto.
O casco é uma parte distinta do navio
Logo, o casco ou a parte de baixo de um navio, precisa desaparecer antes do todo, inclusive antes do mastro principal.
Para fornecermos um argumento com um caráter um pouco mais náutico e praticável, pode ser afirmado como segue:
A parte de qualquer corpo se afastando que estiver mais próxima da superfície sobre a qual ele se move, contrai, e torna-se invisível antes das partes que estão mais acima da superfície, como já mostrado nas figuras, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69 e 70.
O casco de um navio está mais próximo da superfície da água, a superfície sobre a qual ele se move, do que o mastro principal. Logo, o fundo de um navio tem de ser o primeiro a desaparecer.
Veremos isso matematicamente no seguinte diagrama, na figura 83.
A linha A, B, representa a altitude do mastro principal. E, H, a altura do observador, e C, e D, a superfície horizontal do mar. Pela lei de perspectiva, a superfície da água parecerá subir em direção à linha de visão, encontrando-se com ela no ponto H, que é o horizonte. O navio parecerá subir o plano inclinado C, H, o casco gradualmente ficará menor até chegar no horizonte H, onde ficará tão pequeno que sua profundidade subtende um ângulo, aos olhos do observador, menor do que um minuto de um grau, o que o torna, portanto, invisível. Enquanto o ângulo subtendido pelo espaço entre o mastro principal e a superfície da água é consideravelmente maior do que um minuto, e portanto, embora o fundo tenha desaparecido no horizonte como num ponto de fuga, o mastro principal ainda está visível sobre o horizonte. Mas o veleiro continua navegando, e o mastro principal gradualmente desce na direção da linha A, W, até que a determinada distância, ele forme o mesmo ângulo de um minuto de grau ao olho do observador, e então se torne invisível.
Aqueles que acreditam que a terra é um globo, frequentemente tem tentado provar através da citação do fato de quando o fundo do navio desparece, se um observador subir a uma posição mais alta, o fundo se torna novamente visível. Mas isso, é logicamente prematuro. tal resultado origina-se simplesmente do fato de que ao ficar em uma posição mais alta, o campo de visão fica sobre a água onde se forma o ângulo de um minuto de um grau, e isso inclui e traz de volta o navio de dentro do ponto de fuga, como mostrado na figura 84.
A altura da linha de vista E, H, sendo maior, faz com que o horizonte, ou ponto de fuga, seja formado na figura 2, ao invés da figura 1, como nas ilustrações dadas.
Então, o fenômeno do caso de uma embarcação sendo o primeiro a desaparecer, o qual tem sido universalmente citado e usado como base de prova da redondeza da terra, é suficientemente, e também lógica e matematicamente, uma prova justamente do contrário, que a terra é plana. Essa questão tem sido confundida e mal aplicada em consequência de uma visão errônea das leis de
perspectiva, e do desejo fracassado de embasar uma teoria. Como provado acima, essa citação é inválida para tal propósito.
Considerações e Conclusão
Deus é tão perfeito e maravilhoso em suas obras que nos deixou um mundo onde podemos explorar de fato observando até onde nos cabe e convém o fazer. Deixou alguns mistérios para serem desvendados e inteligência suficiente para que pudéssemos fazê-lo e as leis da natureza, embora um tanto complexas as vezes elas JAMAIS entrariam em contradição com a própria lógica e discernimento comum que Deus nos deu. Neste caso, especificamente, o conhecimento da lei de perspectiva deixa muita coisa clara aos nossos olhos, mostrando que barcos não desaparecem no horizonte atrás de uma curvatura; como também os carros e muito menos a lua e o sol como já demonstramos aqui no blog. Mas infelizmente pessoas desprovidas de tais conhecimentos básicos ou malandras mesmo, tentam iludir as pessoas mantendo-as no engano e sobre esse mundo giratório das fantasias. Você sabia dessas explicações dadas por Samuel B. Rowbotham? Deixe sua opinião; se inscreva para receber novas publicações em seu e-mail e compartilhe com outras pessoas estas informações.
Fontes:
Astronomia Zetética - A terra não é um globo (Páginas 206 - 225)
90 "Wonders of Science," by Mayhew, p. 357.
Tags:
Cosmologia