Natal - Recobrando a Sanidade Mental e Espiritual

“'Feliz Natal! Ho, Ho, Ho, Hooo!', grita o bom velhinho pelas telas coloridas! Ouve os sininhos pequeninos de Belém? Mas que Belém? Deixa para lá. Está sentindo o espírito natalino enchendo os corações de alegria, esperança e bondade? Quem é esse espírito natalino mesmo? Eu lá vou saber! Olhe como as lojas estão bonitas nesse mês de dezembro! Quanta cores! Quantas luzes! Ah, o movimento pelas ruas e praças iluminadas a noite! Não só decora nossa cidade, como também traz vida extra às noites silenciosas. Acho tão solidário o Papai Noel que em minha cidade passa pelos bairros distribuindo balas e doces para as crianças encantadas. Chegou enfim o Natal! Dia do nascimento do menino Jesus da manjedoura! Por acaso tem um presépio iluminado no trevo da sua cidade? Na minha costumam colocar. Aliás, como está linda a avenida de entrada da cidade! Luzes e mais luzes onde podemos tirar fotos e mais fotos. E os eventos então? Quantas confraternizações de fim de ano! Quanta comida e momentos em família e com amigos! Já até decorei meu lar com aquelas arvorezinhas cheias de bolas, luzinhas e tudo mais! Afinal é Natal! Não posso deixar passar a data em branco! Falando nisso... Preciso comprar vestes brancas combinando para passar o ano novo que logo chegará...” 

Em cada Natal, as pessoas entram em transe e freneticamente compram, comem, bebem e decoram suas casa ignorando as suas bases de fé e sua real missão neste mundo. Imagem: Yandex



A cada Natal, um novo mal

Essa encenação textual não é minha realidade, mas representa tristemente a maioria da população das pessoas com condições para encarnar o “espírito natalino” e viver a brisa desses dias. Sim, tristemente, porque são poucos os que percebem o enredo comercial, fantasioso, ilusório, herege e até mesmo fútil por trás dessa data tão querida. Já pegou suas pedras? Então vai treinando a mira. Eu não encherei este artigo de textos e mais textos bíblicos ou menções históricas a como tudo isso chegou onde está. Isso não mudaria em nada todo esse sentimentalismo barato e superficial que contagia a “todos”. E eu nem quero me intrometer em suas crendices natalinas ou entrar em embate sobre quem comemora o que e de que forma. Mas tenho liberdade (ainda) e quero comentar minha visão guiado pelo Espírito de Deus e não pelo espírito natalino (seja lá quem for este). Entendo que quem viva na carne de emoção em emoção, como eu já vivi, ache natural seguir o fluxo e a vibe dessa data tão distorcida e amontoada de elementos confusos e controversos que nós brasileiros mal sabemos como se ajuntaram e o que significam. Mas ao longo dos anos, pude ver o espírito natalino dominar os corações de cristãos ortodoxos e isso me espanta. 

Estes, foram perdendo sua essência, seus costumes tradicionais e vencidos pelas críticas e bombardeios ao redor, foram sendo carinhosamente abraçados e inseridos no fantástico mundo mundanizado distorcido do Natal e aderiram aos mais estranhos comportamentos. Passaram a dar lugar ao espírito natalino e com isso, se tornaram adeptos do consumismo, da glutonaria, da bebedeira e até dos enfeites misteriosos que mal sabem as origens. Vi com meus próprios olhos, essas pessoas mudarem lentamente e com isso demonstrarem apatia no tocante ao que acreditavam e defendiam antes. E sempre que um cristão dito espiritual tomou tais caminhos, se tornou carnal. Em muitos casos abraçou o mundo que passou a admirar e se desviou da fé sendo encantado e ludibriado pelo sistema. Ou devo dizer “espírito natalino”? Admira-me que um cristão necessite de tais dias e influência meramente fantasiosa para alegrar seu coração e se sentir diferente como os demais que possuem naturalmente tal costume. Sim, o problema é todo seu se curte essa vibe. Assim como refletir sobre o tema é um problema estritamente meu. 

Se cansaram de serem chamados de “quadrados”, “retrógrados”, “atrasados” e “antipáticos” por parentes, amigos e adversários e passaram a amenizar seus comportamentos para se adaptar no meio em que estão inseridos. A derrocada é uma realidade e os meus olhos que a terra há de comer viram acontecer em muitas vidas e lares. Afinal, devemos justificar o que dantes era estranho e errado com sendo nada ou normal? Depende muito do que a realidade nos revela com o passar do tempo. Antes, achávamos que ouvir rádio era pecado, quando isso era uma novidade e muitas pessoas foram disciplinadas por conta disso. Eram visionárias ou os pastores autoritários ignorantes? Tenho que era uma combinação de prevenção e ignorância. Sempre tememos o que não conhecemos. Mas se um crente carnal se transborda de emoções carnais baseadas em canções mundanas que tocam no máximo sua alma, seria isso evolução ou involução espiritual? Claro que involução! Mas temos quem ouça programas eivados de músicas vazias ou com meras letras que apenas emocionam a alma e acham isso completamente normal. Há quem não assistia TV antes e hoje fielmente perde trabalhos do Reino para estar acompanhando uma novela ou série! 

Onde quero chegar com esse assunto pesado e “retrógrado”? Muitos mudaram não para a evolução, mas sim para involução espiritual quando se entregam a costumes mundanos e rotinas carnais e meramente satisfatórias aos nossos sentidos. O espírito natalino nos impulsiona a se distanciar dos bons costumes em Cristo e adaptar futilidades mundanas entre nós e em nossa família. Complicado quando isso foge ao controle com maridos, esposas ou filhos desorientados e rebeldes que seguem seu próprio coração e isso gera mal-estar num lar onde outros tentam manter a sanidade. Tais cristãos mundanizados, seguem o fluxo de gastança sem domínio próprio, pecam no se alimentarem, no se embriagarem em qualquer nível e no mau exemplo decorando suas casas com futilidades que nem sabem o que significam e muito menos se importam em pesquisar e conhecer. Mas o problema é deles, claro. Eu só observo e comento como os demais que tentam manter a sanidade. Afinal, é natal e não quero ofender o espírito natalino. Mentira, eu quero sim! 

Não me estenderei muito essa reflexão. Como estou tentando alcançar cristãos que declinaram ao espírito natalino com ares de Espírito Santo, não tem como não usar nossa base de fé e regra de conduta. Eu não repetirei o que já escrevi em artigos anteriores e por isso deixarei todos os artigos acessíveis aqui. Quero somente refletir sobre um pequeno texto onde Paulo faz uma revelação interessante e rápida que pode devolver a sanidade espiritual e mental a muitos, que estão engodados nesses dias festivos e passageiros.  

"Pois Demas se apaixonou por este mundo, me abandonou e foi para a cidade de Tessalônica. Crescente foi para a província da Galácia, e Tito, para a região da Dalmácia." 2 Timóteo 4.10

Paulo sentiu de perto o prejuízo para o Reino de Deus, quando Demas, seu companheiro de jornadas ministeriais no pregar o Evangelho e cuidar do rebanho de Deus, o abandonou no meio do caminho. Ele fez questão de desabafar essa tristeza com Timóteo. Se nota que Demas era carnal e logo que se deparou com algo mais atraente no mundo, se deixou levar e abandonou tudo para seguir o que estava em seu coração. Esse é o típico cristão meia-boca a que me refiro sempre. Os tais são crentes no exterior e por um curto período, até que seus corações realmente se revelem mediante algo que os atraia e seduzindo, mine o pouco de espiritualidade que possuem. É claramente descrito que ele “se apaixonou por este mundo”. Fiz questão de usar a Nova Tradução na Linguagem de Hoje para não ter dificuldade do leitor entender o sentido. O abençoado literalmente deixou sua salvação, seu chamado, seu legado e seu parceiro de trabalho no Reino, para se enredar no mundanismo à sua frente. Ele se deixou seduzir por algo novo que não resistiu! Não estava pronto para o mundão! Evite ser como ele, que se apaixonou pela era de seus dias! Se precisar de mais suporte sobre o tema, recomendo que leia (se suportar) outro artigo relacionado: 


Considerações e Conclusão

Como disse, não era minha intenção encher de textos bíblicos para cristãos que deveriam basicamente ler e meditar nas Escrituras, pois já fiz isso aqui no Verdade Urgente. Mas, infelizmente, aqui é o Brasil. As pessoas têm mania de serem preguiçosa para ler e distantes de tais verdades e o alerta recebidos, elas tendem a esquecer do que aprenderam mesmo ouvindo e se enredarem nas atrações do mundo, abandonando o Cristo que as resgatou, deixando a fé, a missão e sua família. Para onde você está indo meu irmão? O que tem em seu coração que te deixa eufórico nesses dias minha irmã? Vai mesmo decorar sua casa como os demais? Vai de fato comprar vestes brancas e vesti-las para trazer sorte ou algo assim? Já muitos abandonaram sua compostura cristã e se enredaram mundo afora admirando o mundo novo que se foram diante de seus olhos. Quem fomos nós no passado? Quem somos hoje? O que seremos amanhã? 

Não devemos ser como Demas e colocar os nossos olhos nessas coisas. Mais tem valor a ressurreição do nosso Cristo bendito reverenciada e rememorada em cada celebração da ceia do que seu nascimento, o qual é usado de forma comercial, idólatra e corrupta para corromper, endividar e desviar o povo da legítima fé no Cristo vivo. Ademais disto, siga seu coração, seus desejos e vaidades hedonistas. Eu não sou dono de ninguém e muito menos mudarei corações, mas espero que o Espírito de Deus liberte os encantados pelo espírito natalino e os conduza a sanidade novamente. Você decora sua casa com árvore, bolinhas e luzes piscantes com que objetivo? Se veste de vermelho por quê? Já refletiu no que te fez tirar mais fotos familiares nessas datas? O que te faz querer gastar mais nesses dias? Já usou o famigerado gorrinho do “bom velhinho”? Se encheu daquelas emoções que te fazem ficar alegre, sereno e radiante baseado no “espírito natalino”? Já mandou aquele cartão ou gif animado padrão para todos? Reflita e Deus abençoe sua vida. 
Ricardo F.S

Escritor no Blogger desde 2009. Adorador do Cristo Vivo. Artista por Natureza. Músico Autodidata. Teólogo Apologeta Zeloso capacitado pela EBD, CETADEB e EETAD. Homem Falho, Apreciador de Conhecimentos Úteis e de Vida Simples e Modesta. 😁

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